A Can-Am de Jackie Stewart

Nos anos 60 e 70, era frequente os pilotos de Formula 1 fazerem participações noutras modalidades automobilísticas. Fossem para representar a mesma marca onde corriam na Formula 1, ou porque o dinheiro era curto e tinham de complementar noutras competições, eles enriqueciam a lista de inscritos em coisas que iam desde a Endurance até às 500 Milhas de Indianápolis ou as 24 Horas de Daytona. Até coisas como a Formula 5000 ou a Formula 2 estavam recheadas de pilotos de Formula 1 que, podendo não contar para o campeonato, enfrentavam a concorrência de “jovens lobos” que os faziam passar por períodos complicados.

Jackie Stewart não foi excepção. Correu em Indianápolis nos seus tempos da BRM, alcançando boas prestações na edição de 1966 – foi o Rookie do Ano – e em 1970 era para correr nas 24 Horas de Le Mans ao lado de Steve McQueen num Porsche 917K da Vyer Team, mas no final, a sua participação foi rejeitada devido ao alto preço do seguro que os estúdios pagariam, pois na altura, o ator estava a filmar “Le Mans”.
Para além de Endurance e IndyCars, o escocês andou na Can-Am. Primeiro em 1970, conduzindo o icónico Chaparral 2J, um carro que tinha tanto de radical como de pouco fiável. E em 1971, no ano do seu bicampeonato com a Tyrrell, guiou um Lola T260, um carro desenhado especialmente pela marca para tentar derrotar os dominantes McLarens, que desde 1968 faziam algo que a certa altura se chamou de “The Bruce and Denny Show”, dado o domínio por parte dos pilotos de então, Bruce McLaren e Dennis Hulme.

Em 1971, McLaren tinha morrido, e ele fora substituído pelo americano Peter Revson, com Hulme como coadjuvante. A Can-Am era altamente popular devido ao seu elevado “prize-money” e à capacidade única de discussão entre os pilotos de Formula 1 e os da IndyCar, que se duelavam ali, para ver quem se saia melhor. Nesse ano, depois da experiência do escocês com o Chaparral, tinha sido contactado por Carl Haas, representante da marca nos Estados Unidos, e que iria ficar com o chassis, pois tinha o forte apoio da tabaqueira LM.

O T260 era um carro radicalmente novo, mas muito bom. Contudo, em termos de beleza, não era o mais bonito. Em vez de ter linhas fluidas, era mais um “caixote” como o Chaparral ‘sucker car’ desenhado por Jim Hall e que tinha guiado em Watkins Glen, em 1970”, contou o escocês ao jornalista do Moorsport, Gordon Kirby.
Stewart não teve muito tempo de habituação ao Lola. Um teste de pré-temporada em Silverstone, onde choveu na maior parte do tempo, foi o que conseguiu. Após isso, o carro foi embarcado para o Canadá, onde se estreou no circuito de Mosport, que também por esses dias era a habitual paragem da Formula 1. 
Apesar do pouco tempo de teste, Stewart fez o seu melhor e alcançou a pole-position, batendo os McLaren de Hulme e Revson. Na partida, o escocês foi superado pelo neozelandês, mas no final da décima volta, quando Hulme teve de lidar com tráfego, Stewart aproveitou a hesitação e o passou. Parecia que ia a caminho da vitória, mas a meio da corrida, um rastro de óleo começou a surgir do seu carro e a transmissão quebrou-se pouco tempo depois. Assim, o escocês viu nas boxes a dobradinha Hulme-Revson, e os McLaren a dominar a corrida.
Mal eles sabiam que aquele Lola iria dar-lhes dores de cabeça ao longo daquela temporada. Tanto que a corrida seguinte era no difícil circuito de Mont-Tremblant, no Quebec canadiano. Duas semanas depois daquela manifestação de desafio, Stewart levou a melhor, subindo ao lugar mais alto do pódio e dando a Carl Haas a sua primeira vitória como construtor. “Saint-Jovite [local onde fica o circuito] foi uma grande vitória”, comentou.
Depois do Canadá, seguiu-se os Estados Unidos, mais concretamente o circuito de Road Atlanta, no fim de semana de 10 e 11 de julho. Nos treinos, Stewart foi o terceiro na qualificação, mas na corrida, ele perseguiu os McLaren até os ultrapassar. Quando os fez, começou a distanciar-se e parecia que iria ganhar… até que um furo lento o fez ir às boxes. Reparados os estragos, quando voltou à pista, estava no fundo do pelotão, a três voltas dos lideres. Enraivecido, começou a subir na classificação, fazendo a volta mais rápida pelo meio. Mas isso fez esforçar demais o carro, e teve de voltas às boxes para arrefecer os travões, que tinham sobreaquecido. Voltou à pista, mas o carro estava a desfazer-se aos bocados. Ela acabou quando um dos amortecedores traseiros se quebrou.

Com o resultado de 2-1 a favor dos McLarens, a Can-Am seguiu para Watkins Glen, a 25 de julho.O escocês colocou o carro na pole-position, e na corrida, ele liderava com algum avanço até que teve novo furo. Perdeu ali uma volta para Peter Revson, e tentou recuperar o tempo perdido ao regressar à corrida. Mas foi em vão: a transmissão cedeu e ele se viu obrigado a desistir.

Por esta altura, Stewart tinha outras dificildades para líder: estava doente, com monocelulose, e isso o debilitava imenso, num ano em que voava dos Estados Unidos para a Europa para fazer ambos os campeonatos: Formula 1 e Can-Am. “É uma doença debilitante que te suga toda a tua energia. Não conseguias dormir e ficavas exausto. Era arrasador”, recordou.
Recuperado, ele correu a prova de Mid-Ohio, onde aí, ele aproveitou os problemas dos McLaren para vencer a sua segunda corrida do ano, mas a vantagem já pertencia aos carros laranjas, e parecia que eles iriam vencer mais uma vez o campeonato, o que veio a acontecer. Stewart não venceu mais corridas na temporada, mas conseguiu dois segundos lugares, em Edmonton e em Laguna Seca, onde conseguiu intrometer-se entre os carros de Hulme e Revson. Na prova final, em Riverside, não chegou ao fim.
Apesar de não estar em pico de forma durante boa parte do ano, a temporada de Stewart foi ótima: dominadores na Formula 1, as duas vitórias obtidas na Can-Am deram-lhe o terceiro lugar do campeonato, com 96 pontos, não muito longe dos McLaren dominadores de Revson (campeão com cinco vitórias e 142 pontos) e Hulme (segundo, com três vitórias e 132 pontos). E foi o único a quebrar o domínio dos carros laranja nas pistas norte-americanas.

Mas em jeito de conclusão, ele referiu que aquele carro foi o mais difícil de guiar de toda a sua carreira: “O carro tinha uma distância entre-eixos muito curta e era muito difícil de guiar. Em comparação com os McLarens, era um monstro e tinhas simplesmente de saber como o lidar. Em circuitos velozes como o de Riverside, era muito complicado, porque não sabias como é que se iria comportar”, afirmou.

Contudo, as suas prestações foram mais do que suficiente para que a McLaren atirasse um contrato para a temporada de 1972 da Can-Am. E ele aceitou. 
Fui abordado pela McLaren no sentido de guiar para eles na temporada de 72 da Can-Am. Testei o carro deles e comparado com o nervoso Lola, era um carro de passageiros, calmo e confortável. Com o Lola, parecia estar a um segundo de algum grave acidente. Assim sendo, assinei para eles e foi algo triste ter de telefonar para Haas e dizer que não iria mais trabalhar com ele, pois tinha sido generoso e amigável. Mas queria vencer, e a McLaren tinha o carro certo. Mas depois, a saúde me pregou mais uma partida [teve uma úlcera] e quando fiquei curado, decidi concentrar-me na Formula 1.
Quanto a Carl Haas, só tem elogios para o profissional e para a sua contribuição para o automobilismo americano. “Sempre fomos amigos, e continuamos amigos até hoje. A minha decisão poderia ter afetado a nossa amizade, mas como tinha uma grande equipa e muito unida, e como sabia das dificuldades que passei, compreendeu a minha decisão. Foi uma boa experiência ter corrido com ele. É um vencedor. As suas passagens pela Can-Am, Formula 5000 e IndyCar foram sempre vitoriosas, com as suas equipas e os seus pilotos. Foi um dos promotores do automobilismo de circuito nos Estados Unidos. É um simbolo, ele representa a América aos olhos de muitos europeus. E tive um enorme orgulho de ter guiado para ele”, concluiu.

O "projeto Verão" do Humberto Corradi

Quem acompanha a blogosfera, sabe que o blog F1 Corradi é um dos excelentes que anda por aqui. Especialmente quando conta certas coisas que mais tarde se revelam ser verdadeiras. Este mês de janeiro, o verão austral e o “defeso” fazem com que o Humberto Corradi tire férias e dê a chance a outros de escreverem no seu espaço. É uma minoria, é certo, mas acaba por ser uma elite.
E é muito interessante ser um privilegiado nisto tudo, ainda por cima quando estive no ano passado e este ano volto lá, para falar sobre António Félix da Costa, a Red Bull Junior Team e sobre os processos de seleção dos energéticos. Coloco aqui um extrato:
Quando a Red Bull anunciou inesperadamente, naquela segunda-feira de outubro, a entrada de Daniil Kvyat para o lugar da Toro Rosso, as ondas de choque foram sentidas um pouco por todo o mundo, mas especialmente em Portugal, onde os especialistas e os fãs já tinham como dado adquirido que Antonio Félix da Costa iria fazer voltar o nome do país ao estrito e elitista mundo da Formula 1, oito anos depois da presença de Tiago Monteiro.

Muitos esperavam que com o regresso de um piloto português à elite do automobilismo mundial, existisse uma procura e um despertar do mundo a este “país à beira-mar plantado”, na ponta da Europa, e vingasse de uma certa forma as frustrações de Alvaro Parente e Filipe Albuquerque, que não conseguiram chegar a essa elite, apesar de terem prometido muito nas categorias de promoção, especialmente Parente, campeão em 2005 da Formula 3 inglesa e das World Series by Renault, dois anos depois, colocando em sentido um jovem alemão chamado Sebastian Vettel…

Mas este último episódio veio recordar as frustrações de um pais que não há muito tempo esteve na rota da Formula 1, quer em termos de pilotos, quer em termos de calendário. E não percebe porque é que têm um circuito de última geração e a Formula 1 não aparece por lá.” (…)
(…) “Mas então porque é que a Red Bull venderia uma vaga dessas quando têm dinheiro a rodos, perguntam? Pois bem, têm a ver com o aumento dos custos. Um motor Renault vai valer 25 milhões de euros em 2014, e com o aumento de custos na Formula 1, as equipas médias iriam ficar aflitas. Logo, um pouco de “ajuda extra” ajudaria imenso nas contas de uma categoria que a cada ano que passa, é cada vez mais artificial, fechada e sobrevalorizada.

Muitos também vão dizer que a culpa é do piloto, que não conseguiu superar na sua categoria o dinamarquês Kevin Magnussen e o belga Stoffel Vandoorne. É certo que são dois excelentes pilotos, mas não é por aí. O grande culpado – a ser apontado, claro – é a estrutura esquizofrénica da Red Bull Junior Team, comandada pelo ex-piloto austríaco Helmut Marko. Félix da Costa não passou de herói a zero num ano. É certo que teve uma má temporada, comparado com a “meia temporada” de 2012, mas parece que isso é mais do que suficiente para chutar o rabo ao piloto, como se fosse um animal doente. Mas sabem de uma coisa? Nenhum dos pilotos que andou ou anda na Formula 1 venceu a World Series by Renault. Nem Jaime Alguersuari, nem Sebastian Buemi, nem Daniel Ricciardo, nem Jean-Eric Vergne. Ganharam títulos na Formula 3, é certo, mas isso não chega. 

Mas era algo que tinha receado quando soube da entrada de Félix da Costa no programa de jovens talentos da Red Bull. Sempre achei que era um presente envenenado, dado o historial do tratamento que Marko, Tost e companhia deram aos pilotos que lá andaram. Lembram-se ainda de como é que Sebastian Vettel chegou à Formula 1? Se não recordo-vos: foi quando o americano Scott Speed foi sumariamente despedido depois de ter andado à pancada com Tost na famosa corrida de Nurburgring… (…)
O resto deste artigo pode ser lido por aqui. Acho que vão gostar.

Schumacher: Divulgado o resultado do inquérito sobre o seu acidente

A Procuradoria de Albertville divulgou esta quarta-feira os resultados do inquérito sobre o acidente que Michael Schumacher sofreu há duas semanas e meia na estância de ski de Meribel, e confirmaram que o ex-piloto alemão de 45 anos estava numa zona não-demarcada e que guiava a alta velocidade, embora considerem que isso não foi um fator decisivo no acidente.

De acordo com o procurador Patrick Quincy, a cabeça de Schumacher bateu com a face numa pedra que estava a oito metros fora da pista, e que foi parar um metro mais adiante. Também disseram que ele não tinha parado para aujdar uma criança, como disse Sabine Kehm, no Hospital de Greboble, e que toda a sequência do acidente foi filmada pela câmara que o piloto tinha no seu capacete. 
Ele também afirmou que o video que analisaram foi apenas esse, e não o de uma testemunha que afirma ter filmado inadvertidamente o acidente, enquanto filmava a sua namorada: “Ouvi as pessoas falarem de um filme feito por uma testemunha, mas não recebemos nada desta pessoa. Pessoalmente, duvido que ele realmente exista”, comentou.
O procurador Quincy deixou claro que esta investigação é de rotina para qualquer acidente que ocorra na região, independentemente de quem esteja envolvido. “Temos investigadores especializados neste tipo de acidente. Todos os invernos, temos à volta de 50 investigações deste tipo e sempre usamos os mesmos métodos e a mesma atenção aos detalhes”, esclareceu.

Logo, não haverá acusações contra ele: “Neste estado da investigação, não podemos responder perguntas sobre responsabilidade. Nós vamos estudar as imagens com as pessoas mais qualificadas possíveis e com especialistas“, esquivou-se.

Entretanto, Schumacher continua em coma induzido no Hospital Universitário de Grenoble, a recuperar dos seus ferimentos. Os médicos esperam pela evolução do seu estado de saúde, embora digam que não corre mais perigo de vida. 

Kubica torce pela recuperação de Schumacher

Robert Kubica segue atentamente as noticias sobre o estado de saúde de Michael Schumacher, e como todos, torce pela sua recuperação. Na Austria, onde participa no Janner Rally, prova de abertura do Europeu de Ralis, o ex-piloto de Formula 1 e atual piloto de fábrica da Ford, que sofreu um grave acidente há quase três anos em Itália, afirmou que estes vão ser tempos difíceis para a família, que passará pela frustração do seu estado de saúde e pelo assédio de uma certa imprensa:

Estive uma situação semelhante e sei como a imprensa pode fazer um jogo duro por um tempo bem difícil para ele, sua família e amigos próximos. Para todo o automobilismo, certeza que não foi o fim de ano mais fácil nem o começo de ano.”, comentou o piloto polaco.
Refletindo sobre o que aconteceu, Kubica referiu que o seu acidente de ski demonstrou que “tudo pode acontecer a cada dia” e que é natural as pessoas começarem a questionar a razão de os pilotos insistirem nos seus hobbies, como o ski. “Muitos perguntavam por que estou fazendo isso e que eu não deveria guiar. Mas quando você gosta de fazer algo, é normal que queira fazer. Você pode facilmente esquiar, e muitas coisas podem acontecer. Desejo a ele o melhor e vou manter meus dedos cruzados para que ele se recupere e tudo fique bem.

Youtube Motorsport Show: Idris Elba, King of Speed

Descobri isto neste domingo no Jalopnik, e confesso que fiquei surpreso. Já há algum tempo que começava a ter admiração pela figura do ator britânico Idris Elba, principalmente depois de ter visto alguns episódios da série “Luther”. Mas não sabia que ele era tão “petrolhead” assim.
No final deste ano, Elba fez uma mini-série para a BBC chamada “The King of Speed“, onde ele decide averiguar a razão pelo qual há seres humanos apaixonados por carros. A adrenalina pode explicar muita coisa, mas não explica tudo, como a paixão por automóveis e automobilismo.
E neste dois episódios de uma hora cada, ele mostra os seus dotes de condução na NASCAR, no “drift” e nos ralis, com nomes conhecidos como Ari Vatanen, Jimmy Johnson, Keichi Tsuchiya e outros. Todos eles lendas na sua categoria de automobilismo. E ele vê por ele mesmo que o sucesso é derivado de muito trabalho. E muita paixão.
Aconselho a tirar duas horas neste primeiro dia do ano. Garanto que serão bem gastos.

O último post de 2013, um ano que gostaria de esquecer

Os eventos relacionados com o acidente de Michael Schumacher, este domingo, constituíram para mim uma espécie de truque bizarro e de mau gosto na manga de um ano em que, em muitos aspectos, gostaria de esquecer. Mas do qual suspeito que será inesquecivel, pois vivi-o intensamente. Para o bem e para o (muito) mal.
Não vou gostar muito de 2013. Passei por imensas dificuldades, atribulações e frustrações pessoais. Sofri surpresas desagradáveis do qual a minha saúde se ressentiu. Traí e fui traído, fiz escolhas erradas e mergulhei em estados de drama e desespero, questionando por vezes o sentido desta vida. Mas como em tudo, sou calmo e ponderado (até demais), sabendo que o desespero puro e simples pode levar a atos irreflectidos do qual ficam marcas para a vida. Fiz bem.
Também sofri perdas irreparáveis. Nunca pensei que o desaparecimento de um animal de quatro patas tivesse um impacto profundo na minha família. Percebi o que eles nos significam para nós, para a nossa saúde mental e para a nossa postura no mundo. 
Este foi um ano que senti, novamente na minha vida, que esta é frágil e que é efémera. Bastou um exame de rotina para perceber que o meu coração não andava bem, e do qual passei a olhar com mais atenção. Já não bastava ter de cuidar da minha alimentação devido ao estado frágil do meu intestino, agora tive de cortar hábitos adquiridos e do qual julgava que contribuíam para a minha saúde. É triste, ainda por cima quando não tenho os habituais “maus hábitos”: tabaco e álcool… 
Paradoxalmente, conheci e convivi com uma pessoa que me fez feliz e preenchido em termos amorosos. Apesar de reconhecer uma personalidade complexa – não há amores perfeitos – desejo que isto dure, não só no sentido de convivio mútuo, mas como sinal de que, apesar dos obstáculos e das diferenças, possamos dizer: “no final, o amor superou tudo”.
E apesar de todos os episódios que me fazem com que esqueça este ano, termino com esperança. Lentamente, elaboro o projeto que permita este blog (que alcançou a marca dos dois milhões de visitantes) faça a transição para um site – do qual espero que em breve comece a dar resultados – como estou a ligar-me a outro projeto automobilistico, embora de uma área diferente. É informal, mas há um grande potencial, e vontade de aprender, tenho-a toda.
Em jeito de conclusão, este é um ano do qual não gostei e desejo deitar para trás o mais possível. Mas como se costuma dizer: “depois da tempestade, a bonança”. E este poderá até ser o principio de muita coisa agradável. E é verdade: a Formula 1 vai viver uma nova era Turbo e a Endurance prepara para voltar ao auge que teve dos anos 80. Se isso acontecer, então poderemos dizer que a bonança aproxima-se. 
Assim espero… Bom 2014 para todos vocês!

Schumacher: Estado da saúde é critico e inspira muitos cuidados

Michael Schumacher está em estado muito grave, depois de ter sido operado este domingo em Grenoble após ter sofrido uma violenta queda na estância de ski de Meribel. Os médicos do hospital universitário de Grenoble disseram que ele está num coma induzido, no sentido de reduzir o inchaço causado pela violenta queda que sofreu ontem de manhã.

Numa conferência de imprensa desta manhã, que teve a presença do Prof. Jean-Francois Payen, chefe do serviço de reanimação do Hospital Universitário de Grenoble, e do Dr. Gerard Saillant, médico e também amigo da família, os médicos afirmaram que o estado do ex-piloto alemão de 44 anos é critico e inspira muitos cuidados. Contudo, o coma é artificial e está num estado intermédio, no sentido de aliviar a pressão craniana. E ao contrário do que avançou esta manhã alguma imprensa franco-alemã, Schumacher foi só operado uma vez.
Michael Schumacher teve um trauma muito sério. Estava num estado de agitação quando foi atendido, e rapidamente chegamos à conclusão de que estava numa situação critica, caindo rapidamente em coma. O tratamento neurológico foi urgente, no sentido de aliviar a pressão craniana. Infelizmente, ele têm algumas lesões cerebrais.“, afirmou o Prof. Payen.
Para além disso, os médicos afirmaram que o impacto foi a alta velocidade e aconteceu do lado direito do seu crânio. E afirmam que sem qualquer tipo de dúvida, graças ao capacete que levava, ajudou-o a salvar-lhe a vida. “Podemos afirmar que está a lutar pela vida. Cremos que ele está em estado critico. Não poderemos fazer qualquer prognóstico por agora, apesar de estarmos a monitorizá-lo permanentemente. Sem o capacete, ele não estaria por aqui“, continuou.

Os médicos esperam que o seu estado físico – Schumacher sempre foi um excelente atleta – o ajude na recuperação das lesões que sofreu. Uma nova conferência de imprensa está prevista para o final desta tarde.

Noticias: Schumacher foi operado e está em coma

A terceira atualização deste domingo sobre o estado de saúde de Michael Schumacher fala que o hospital universitário de Grenoble comunicou de forma arrepiantemente suscinta, que o ex-piloto alemão de 44 anos foi operado esta tarde a uma hemorragia cerebral causada pelo traumatismo craniano sofrido esta manhã a estância de ski de Meribel, nos Alpes franceses. 
O senhor Schumacher foi admitido no centro hospitalar universitário de Grenoble pelas 12:40, após um acidente sofrido no final desta manhã na estância de ski de Meribel. 

Ele sofreu um traumatismo craniano grave, tendo chegado em coma, e foi imediatamente sujeito a uma intrevenção cirurgica. 

O seu estado é critico.“, termina o comunicado, assinado pelo neurocirurgião de serviço, o anestesista-chefe e o diretor-adjunto do hospital. Amanhã, pelas onze da manhã locais, haverá novo comunicado.
Entretanto, soube-se que Ross Brawn está em Grenoble, para acompanhar o estado de saúde do seu amigo, que trabalhou com ele nos tempos da Benetton, em 1994 e 95, e depois na Ferrari, a partir de 1997, até 2006, e depois na Mercedes, entre 2010 e 2012. Quem também está em Grenoble é o Dr. Bernard Saillant, cirurgião ortopédico e que operou o piloto alemão em 1999, após o seu acidente em Silverstone.
Apesar da gravidade da situação, poderá não ser tão grave assim. Nos seus tweets, o antigo médico da Formula 1, Dr. Gary Hartstein (@former_f1doc no Twitter) afirma que tudo isto poderá ser o resultado de um hematoma extradural, onde a principio, a pessoa recupera momentaneamente a consciência para, com o passar das horas, devido ao inchaço causado pelo hematoma, fazer mudar dramaticamente as condições de saúde do sujeito em questão. Daí que no caso de Schumacher, ele tenha ido logo para Grenoble e ser operado de imediato: alivio do hematoma. E para o fazer, teria de estar, no mínimo, em coma induzido, para minimizar a pressão.
E quanto à recuperação, Hartstein escreve no Twitter: “A qualidade da recuperação depende da gravidade do hematoma inicial, a amplitude de pressão causada pelo hematoma, a rapidez que [os cirurgiões] conseguirem drenar a ferida e a qualidade do serviço de cuidados intensivos“. 
Esperemos que ele esteja certo. Até lá, é torcer pelo melhor para o alemão.

Youtube Motorsport Tribute: a cultura japonesa de Le Mans

O Japão adora Le Mans, isso é um facto. Todos sabe que a Toyota têm a clássica da Endurance “pendurado” na sua garganta, porque tenta ganhar há muitos anos e nunca conseguiu, tal como aconteceu com a Formula 1 na década passada. Mas a Mazda (que ganhou em 1991) e a Nissan têm planos de regressar a Le Mans num futuro próximo, com carros híbridos ou elétricos.
Mas essa paixão vai para além das marcas. Isso está imprimido na cultura “petrolhead” japonesa. Tanto que algumas pessoas têm a possibilidade de andarem com modelos – ou réplicas – de carros que estiveram em eras passadas… na estrada! Há uns tempos falei de um 962, e agora pode-se ver aqui um Jaguar XJ220 que esteve em La Sarthe em 1993 e 1995, bem como se pode ver a demonstração do Mazda 787B que Johnny Herbert, Wolker Weidler e Bertrand Gachot levaram à vitória em Le Mans.
Confesso que me varreu a pessoa de onde vi este video pela primeira vez, desculpem… mas vejam, vale a pena.